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Notícia

Os serviços de água nos conflitos armados

Os conflitos envolvendo a água, enquanto recurso e enquanto serviço público, assumem uma dimensão nem sempre percecionada pela sociedade e estão a tornar-se mais frequentes em todo o mundo. Está disponível uma atualização da “Pacific Institute Water Conflict Chronology”, uma base de dados que regista e detalha conflitos ligados à água nos últimos cinco mil anos, que identifica um impressionante número de cerca de 1.300 conflitos de água nesse período. Mas o que é mais relevante é constatar que a frequência tem vindo a aumentar significativamente nas últimas décadas. Em 2000 eram de 22 e em 2021 passaram a 127.

O papel da água nos conflitos pode ser classificado em três tipologias: a água enquanto recurso como um desencadeador de conflitos pela sua posse e utilização; a água enquanto recurso e enquanto serviço como uma arma de guerra; e a água enquanto serviço, como mais uma vítima de violência por destruição das suas infraestruturas.

Como é natural, a maioria dos conflitos de água nas últimas duas décadas ocorreram em regiões com escassez hídrica, como África, Médio Oriente e Sul da Ásia. Mas também estão a acontecer em países ricos e ocidentais. No ano passado, extremistas de direita na América ameaçaram tomar o controlo das instalações de água na bacia hidrográfica do rio Klamath, uma área atingida pela seca perto da fronteira entre os estados de Oregon e da Califórnia nos Estados Unidos da América. Estes conflitos continuarão provavelmente a aumentar à medida que as alterações climáticas intensificam as secas e os eventos extremos. Os conflitos sobre a água são mais comuns em países secos onde as alterações climáticas estão a diminuir este recurso, como a Síria e os países do Golfo, particularmente em locais dependentes da agricultura para a alimentação local.

É verdade que nem todas as disputas sobre a utilização da água levam a conflitos. Em alguns casos, as mudanças climáticas obrigam países que partilham rios e aquíferos a colaborar entre si, embora os países a jusante vejam sempre os seus vizinhos a montante com alguma inquietação.

Mas não há dúvida que a diplomacia da água terá cada vez mais destaque no mundo que vivemos.

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Acompanhe a nossa atividade.

Mensagem de boas-vindas

A visão da Associação LIS-Water – Lisbon International Centre for Water é contribuir para um mundo melhor através de uma melhor governança da água. Promove assim serviços de abastecimento de água e de gestão de águas residuais e pluviais mais eficazes, eficientes e resilientes, no quadro dos objetivos de desenvolvimento sustentável.

Estes serviços de águas são essenciais para o bem-estar dos cidadãos e para as atividades económicas, com um claro impacto na melhoria da saúde pública, da sustentabilidade ambiental e da mitigação de riscos, nomeadamente decorrentes de alterações climáticas. Geram benefícios em termos de criação de emprego, de crescimento económico, de incremento da estabilidade social e de redução de conflitos, contribuindo para uma sociedade mais desenvolvida, pacífica, equitativa e saudável.

A missão da LIS-Water é assim reforçar as políticas públicas, a regulação e a gestão dos serviços de águas para benefício da sociedade, integrando o melhor conhecimento em gestão, economia, engenharia, direito, ciências sociais, comunicação e noutras áreas relevantes.

Em conjunto com os seus parceiros, a associação pretende disponibilizar e produzir o melhor e mais atualizado conhecimento a nível internacional e transferi-lo continuamente para decisores, profissionais da água, indústria e sociedade.

Daremos assim o nosso contributo para que se atinjam os grandes desígnios da Humanidade relativos a uma melhor governança da água, por um mundo melhor.

O Conselho de Administração

Rita Brito

Presidente do Conselho de Administração

Eduardo Marques

Vogal do Conselho de Administração

José Matos

Vogal do Conselho de Administração

Cuidamos dos serviços de águas, essenciais ao bem-estar da sociedade.

Os membros da LIS-Water representam os principais agentes do setor da água em Portugal.

Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC)

Instituição pública de investigação e desenvolvimento científico e tecnológico de Portugal, sendo um dos maiores laboratórios de engenharia civil do mundo.

Fundação para os Estudos e Formação nas Autarquias Locais (FEFAL)

Entidade sem fins lucrativos, constituída pela Associação Nacional de Municípios Portugueses, para a realização de ações de informação, formação, investigação, assessoria técnica, cooperação internacional em temáticas relevantes para as Autarquias Locais.

Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente (AEPSA)

Associação empresarial que representa e defende os interesses coletivos das empresas privadas com intervenção no setor do ambiente, constituindo-se como um interveniente dinamizador do desenvolvimento do mercado do setor do ambiente.

Parceria Portuguesa para a Água (PPA)

Rede de entidades que visa desenvolver sinergias e maximizar potencialidades para o desenvolvimento do sector da água no mundo, promovendo a alianças e parcerias entre as instituições nacionais e nações empenhadas no uso sustentável da água e na valorização dos recursos hídricos.

Grupo Águas de Portugal (AdP)

O Grupo AdP é responsável pela gestão integrada do ciclo urbano da água, prestando serviços aos Municípios, que são simultaneamente acionistas das empresas gestoras dos sistemas multimunicipais, e serve diretamente as populações através de sistemas municipais de abastecimento de água e de saneamento.

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